Humberto Vitor Xavier Filho |
“... Quisera para sempre ser escrava do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia.
Da mesma forma que eu, muitas noites, venho me debruçar sobre o teu berço e verter sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedir a todas as divindades que cravem na minha carne as farpas feitas para a tua...
Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres menino, rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo...
É assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar:
Assim é o canto que te quero cantar, Humbertinho meu filho, meu amor maior...”
(Vinicius de Moraes adap. by Cibelly Araújo)
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